Os dias protocolares são sempre iguais
Em que sigo sendo o que não quero
A troco de uns trocados a mais
Há tristezas que não descansam
Há sonhos que não se acabam
E esperas que nunca terminam
Nos vazios que não se preenchem
Há palavras que não calam, mas não falam
Há sempre um grito no fundo da garganta
Há sempre um silêncio assim tão eficaz
Há tempos que nunca mudam as coisas
Nas coisas que não voltam mais...
Mas o que seria da poesia se não fossem
Essas buscas quase que infindáveis?
O que seria das palavras se não tentassem
Decifrar os sonhos mais insondáveis?
E o que seria desse absurdo silêncio
Se não prendesse o grito incontrolável?
Seria tudo coisa pequena demais
Para a vida assim tão efêmera
E seria coisa ínfima demais
Numa vida que não vale a pena...
Por isso o grito eu guardo
A palavra eu sempre colho
Para as horas mais fatais
Em que a poesia não erra
Em querer sempre mais...
Em que sigo sendo o que não quero
A troco de uns trocados a mais
Há tristezas que não descansam
Há sonhos que não se acabam
E esperas que nunca terminam
Nos vazios que não se preenchem
Há palavras que não calam, mas não falam
Há sempre um grito no fundo da garganta
Há sempre um silêncio assim tão eficaz
Há tempos que nunca mudam as coisas
Nas coisas que não voltam mais...
Mas o que seria da poesia se não fossem
Essas buscas quase que infindáveis?
O que seria das palavras se não tentassem
Decifrar os sonhos mais insondáveis?
E o que seria desse absurdo silêncio
Se não prendesse o grito incontrolável?
Seria tudo coisa pequena demais
Para a vida assim tão efêmera
E seria coisa ínfima demais
Numa vida que não vale a pena...
Por isso o grito eu guardo
A palavra eu sempre colho
Para as horas mais fatais
Em que a poesia não erra
Em querer sempre mais...