ESTE MUNDO NO QUAL EU VIVO

As vezes eu penso no que sou correto

que quando eu amo, amo de verdade,

que sozinho eu vou pelo deserto

abaixo a cabeça num gesto de humildade.

Não sei se o resto do mundo é assim,

porque eu procuro ver a justiça

mas jogam injustiças pra cima de mim.

EU vejo o morto e a preguiça.

Eu devolvo até mesmo um centavo,

mas me roubam o ano inteiro

depois ainda pedem o meu voto

e tenho que escutar todo esse berreiro.

Não sei se eu sou o único justo

que caminha por esta terra

porque não faço conta de nenhum custo

pelo dinheiro eu não faço a guerra.

Se levo um tapa eu dou perdão,

quem me agrediu estendi a mão

na sua hora de desespero

ainda senti por ele compaixão.

Será mesmo que tem gente assim,

assim como eu que ainda é pobre,

que se recusa roubar por um fim

mas faz um discurso como se fosse nobre?

E conheci um pai que já morreu,

mas que tinha honra e honestidade,

foi a única riqueza que ele me rendeu,

devo a ele a justiça e a verdade.

Talvez isso explique eu ser tão honesto,

tal pai, tal filho é o velho ditado,

o meu exemplo e o maior gesto

foi eu ver que por ele ninguém foi roubado.

Este mundo no qual eu vivo

não parece ser o mesmo que ouvi falar

matam e roubam por qualquer motivo

a violência ninguém sabe quando vai acabar.

Mas mesmo assim eu ainda sou correto,

já a tantos anos não vou mais mudar.

A estrutura aqui parece de concreto,

oh mundo vil e triste no seu caminhar!

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 09/09/2010
Código do texto: T2486676
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