O maquinista e a estação central

a passagem para um mundo epifânico

nas esquinas das quadras sem esquinas

a cidade, fantasma e o povo em pânico

oferenda às entidades divinas!

me isolo na circunscrição vulcânica

na tribo de negros, o único albino

os pés em chamas nas valas cutânicas

em disparada, as rédeas do destino

posso agora voltar na forma orgânica

estáticos morrem os peregrinos

como estátuas em museus de grã-finos

destruídas por granadas islâmicas

desperta o sono, relógio mecânico!

onde o humano come o humano e fascina

as platéias num show de carnificina!...

...é a passagem para um mundo dinâmico

RENATO PASSOS DE BARROS
Enviado por RENATO PASSOS DE BARROS em 26/01/2005
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