Sensibilidade do "eu"

Sinto-me presa,

Isolada do mundo,

Mesmo estando o mundo ao meu redor,

Mesmo existindo pessoas por perto,

Elas sempre estão perto e tão longe.. indiferentes!

Sinto um aperto, uma mão esmagando meu peito,

Parada, calada, consigo escutar o ruído do silêncio,

O silêncio no barulho que traz fadiga, inércia...

Tudo se move sempre e tão depressa e, nessa agitação

Já conhecida, deparo-me com a calmaria, a mesma calmaria das águas

Cristalinas de um lago de minha infância... calmaria que reside no

Mais íntimo do meu “eu”, no mais profundo encontro com meu próprio ser. E nessa busca incessante por mim mesma, mergulho em voos

altíssimos, Tento desvendar os mistérios de minha existência, tento identificar-me Como juízo consciente da humanidade, embora minha inconsciência navegue

Por águas turvas, cheias de mistérios, enigmas que meu pensamento não Alcança... Sorvo da natureza o beneplácito de ajudar a construir o mundo,

De ser uma voz a mais em meio ao burburinho e sussurros das gentes,

Ainda que em meu próprio íntimo as dúvidas permaneçam presentes

E que representem uma atmosfera impenetrável do saber humano...

Luanna Melo / Ivan Melo

NOTA : Luanna Melo é minha filha, tem 20 anos...

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 06/09/2010
Reeditado em 06/09/2010
Código do texto: T2481602
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