Sensibilidade do "eu"
Sinto-me presa,
Isolada do mundo,
Mesmo estando o mundo ao meu redor,
Mesmo existindo pessoas por perto,
Elas sempre estão perto e tão longe.. indiferentes!
Sinto um aperto, uma mão esmagando meu peito,
Parada, calada, consigo escutar o ruído do silêncio,
O silêncio no barulho que traz fadiga, inércia...
Tudo se move sempre e tão depressa e, nessa agitação
Já conhecida, deparo-me com a calmaria, a mesma calmaria das águas
Cristalinas de um lago de minha infância... calmaria que reside no
Mais íntimo do meu “eu”, no mais profundo encontro com meu próprio ser. E nessa busca incessante por mim mesma, mergulho em voos
altíssimos, Tento desvendar os mistérios de minha existência, tento identificar-me Como juízo consciente da humanidade, embora minha inconsciência navegue
Por águas turvas, cheias de mistérios, enigmas que meu pensamento não Alcança... Sorvo da natureza o beneplácito de ajudar a construir o mundo,
De ser uma voz a mais em meio ao burburinho e sussurros das gentes,
Ainda que em meu próprio íntimo as dúvidas permaneçam presentes
E que representem uma atmosfera impenetrável do saber humano...
Luanna Melo / Ivan Melo
NOTA : Luanna Melo é minha filha, tem 20 anos...