NA MAGIA DE UMA NOITE, O MITO DE UM DIA

Foi miragem...

Sussurros no ouvido

Pele suada

Naquela bela noite fria

Seu rosto na mente

Estrela ascendente

De segunda à sexta

Iluminando um porto carente

Que leva como bagagem o resto

De sua imgagem...

Imagem que sobrevoa

Sem asas pelo espaço

Que rompe na ante-sala

Se apodera dos meus sonhos

Me deixa quando quero

Mas não me larga como sombra...

Eu desejava, minto se negar

As curvas da navalha como beijo

Não posso desviar

As delícias da madrugada ao brotar

Se refulgem e ascendem

No fascínio de seu rosto

Teria que passar no limiar de suas garras

E no paraíso de sua dor

Alojou-me tão súblime e eu cansado

Num relance doeu minha alma

Sentindo na carne o aroma da flor: acolha-me

Refigio-me no seu desabrochar

Não era a lua dos seus olhos

A mesma que você deliciou

Era o meu ser transfigurado

De rios e orvalhos...

Um semblante tremia

A terra nos invadia

Naquela quinta você folia

Havia ruas sem dores

Segredos sem surpresas

Não Havia sonho que nos acordasse

Daquela dormente magia

Menino eu?

Você sorriu! tá lembrada?

Meus olhos procuravam infância nos teus

Não havia marcas de navalhas na mão

Ainda assim a cada toque um ais sem fim

Era você um destino se abrindo em mim

Vai que o mar tem pressa

A lua tem sede

É um carinho que na saudade apressa

Vem que o sol não demora

Na paixão súblime irradia

Uma poesia que queima e devora...

O carinho que renasce dos lábios da aurora

É o mesmo que multiplicará os filhos de outrora.

BARUC
Enviado por BARUC em 06/09/2010
Código do texto: T2481504
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.