Nada de nada
Tudo duplica quando
Se é vitima
Pesares, lamentares, angustias , balbucias
Tudo cresce quando
Você merece
Amares, lugares, alegria, vida
Tudo depende quando
Você é o regente
Semente e nascente , árvores e pomares
Tudo muda quando
Você deslumbra
Céu recoberto, chuva noturna,
Nascer austral, viagens ao pantanal
Tudo é ligado quando
damos os braços , beijamo-nos sem causo
Corremos descalços
Tudo é melodia quando
a musica é harmonia
e o som nos materializa
Tudo morre quando
Não há nada no odre
E seco e vazio não pode
Encher o que é plausível
Vezes por outra
Perdemos o trem
Corremos atrás ficando ele lá no além
Mas nada de nada
Chega ele outra vez
E lá está você pegando
De novo o seu trem