Quando a esperança se cansa...

Euna Britto de Oliveira

www.euna.com.br

Sim – Não

Bem-me-quer – Mal-me-quer

Neste momento, não vem poesia porque não quer.

Querer, bem que eu queria

Que ela chegasse com sua gentileza

E me pusesse o analgésico, que é o poema, nas mãos!...

O que eu faria com o poema?

O que todo mundo faz:

Beberia!...

O que o poema faria comigo?

O que todos eles fazem:

Libertaria...

Essa comida boa, mas demorada...

Essa cama branca,

Essa casa bem decorada...

Como se não bastassem os braços que não se levantam porque não querem abraçar,

Há os que não abraçam porque, engessados, não podem se levantar!...

De habitantes de braços quebrados, o mundo anda cheio!...

Imagino que não deva se passar nem um minuto

Sem que em algum lugar do mundo se quebre o osso de um braço!

“Nenhum osso do justo será quebrado”...

Preto, vermelho e branco:

De costas, no primeiro banco da fila do meio da igreja,

A filha, a mãe, a avó

E seus cabelos, respectivamente, negros, ruivos e brancos...

Com louvores, ações de graças, adoração e intercessão,

Certamente estão buscando força, luz, proteção!!!...

Na fila da lateral esquerda, no quarto banco, estou eu,

Pedindo a Deus que me restitua a alegria da salvação!...

Vai indo, vai indo...

De tanto pedir, a gente cansa.

Vai indo, vai indo...

De tanto agradecer, a gente alcança!

Deus ouve mais depressa a linguagem da Gratidão!...

Quando a esperança se cansa,

Só a fé pode dar-lhe sustança!

A mina do Chile!

Os 33 operários sem saída, a 700 metros de profundidade!...

Obrigada, Senhor, pelo resgate desses nossos Irmãos!!!...

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 06/09/2010
Código do texto: T2480919