Casinha de chão azul

Agora eu sou um índio

exilado na minha própria solidão,

andando nu pela casa,

minúscula casa

de uma porta só,

com um único vão.

Tão pobrezinha minha casa!

Porém, de muitas cores...

De tão coloridinha que é

chega a ser

Singela:

Rodeada toda com paredes amarelas,

e selada por um céu branco

e um azul

no chão.

Este detalhe

do qual me assaltou

o desejo da poesia

meu cansado coração,

Fez-me flutuar

em nuvens,

Sonhar

em céus

e acordar

no chão.

(Poeminha dedicado a todos do grupo de poesia "Templo da Poesia", pela acolhida tão carinhosa)

cristovam melo
Enviado por cristovam melo em 05/09/2010
Reeditado em 05/09/2010
Código do texto: T2479595