Casinha de chão azul
Agora eu sou um índio
exilado na minha própria solidão,
andando nu pela casa,
minúscula casa
de uma porta só,
com um único vão.
Tão pobrezinha minha casa!
Porém, de muitas cores...
De tão coloridinha que é
chega a ser
Singela:
Rodeada toda com paredes amarelas,
e selada por um céu branco
e um azul
no chão.
Este detalhe
do qual me assaltou
o desejo da poesia
meu cansado coração,
Fez-me flutuar
em nuvens,
Sonhar
em céus
e acordar
no chão.
(Poeminha dedicado a todos do grupo de poesia "Templo da Poesia", pela acolhida tão carinhosa)