FLORESCÊNCIAS

Então penetro o amor, em sua íntima essência

e encontro a liberdade, a calma e a tolerância

que erguem faustos lares na grandiosa estância

e colhem toda cor do mundo em florescências.

O nobre sentimento, o senhor da coerência,

alterna tom ameno e intensa rutilância

conforme o exclamar do instante, a circunstância,

para salvar quem seca, exaurido em carências.

Por vezes esse amor germina em complacência

e, airoso, ele se emprega à assídua vigilância,

cuidando maternal, solvendo a dissonância

dos atos dos humanos que inspiram violências.

Ele acalanta, manso, um manancial de ânsias

e em paz eu adormeço, num campo de hortênsias...

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 05/09/2010
Reeditado em 14/04/2011
Código do texto: T2479310
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