Sob epígrafe de Luís Monteiro da Cunha
As casas são antigas na fralda do vento
Luís Monteiro da Cunha
semeia o vento retratos
pela seara
rostos nomes gestos
antigos
entre a lágrima e o riso
a ceifeira dobra-se
como se saudasse o trigo
ou sentisse o punho
da chuva
inventando nas vidraças
a urgência de entrar
habitar a memória
as cadeiras vazias em torno da mesa