Nosso tempo

É o vazio enchendo o coração

A armargura adocicando os lábios e

A imensidão compactada em chips

É a emoção contida em comprimidos

É a tolice que disseca a vida

A estupidez que comanda a alma

Em (des)atitudes dos andróides-carne

É a certeza do não ser nada.

É a plenitude de nossos tempos

Onde o objeto suprime o ser, são

Leviandades à imagem do criador

Obscurecendo um futuro incerto