Um poema sem solução
uma viagem entre harmonicos de guitarra
ouvi um suspirar no lado escuro da retina, numa alameda de acácias
um passo a mais e lá estava misturada nas sombras
lavanda sobre a pele, os sentidos todos a te sentir
vestida de ventos e fogo, dançando com a brasa de um cigarro
desenhando no ar as serpentes encantadas dos seus sonhos
sonhos despojados e guardados no fundo do armário
para que um dia pudesse brotar como um lírio no campo