O BÊBADO E A EQUILIBRISTA
O bêbado que bebe suas amarguras
Embriagado pelas ruas se segura
Vive na cachaça repetindo todo dia a mesma ida
E volta com as pernas bambas para não cair na vida
Se enfia na garrafa para esquecer as mágoas e rancores
Tem que ser equilibrista para se manter de pé com suas dores
E se tranforma num ser humano virdado do avesso em trapos
Que sem noção e razão do seu ser vive sujo e aos farrapos
Já a Equilibrista bebe para se manter na corda bamba da vida
Que com todo o seu esforço e trabalho a vida não é amiga
E se embriaga para ser uma Equlibrista do dia a dia
Que parece um Circo coberto por uma lona que esconde a vida
E assim ela vai levando a vida como se fosse uma artista
Equilibrando com a corda no pescoço o laço do cavalo do picadeiro
E assim a vida leva o Bêbado e a Equilibrista no açoite da vida
Revelando o que existe por aí pelas ruas da caminhada de alguns
Que tiveram esse destino, nada afável e nem socorrido
Mas que vivem na mesma se equlibrando na embriaguez da bebida
A tolerância da vida...