O BÊBADO E A EQUILIBRISTA

O bêbado que bebe suas amarguras

Embriagado pelas ruas se segura

Vive na cachaça repetindo todo dia a mesma ida

E volta com as pernas bambas para não cair na vida

Se enfia na garrafa para esquecer as mágoas e rancores

Tem que ser equilibrista para se manter de pé com suas dores

E se tranforma num ser humano virdado do avesso em trapos

Que sem noção e razão do seu ser vive sujo e aos farrapos

Já a Equilibrista bebe para se manter na corda bamba da vida

Que com todo o seu esforço e trabalho a vida não é amiga

E se embriaga para ser uma Equlibrista do dia a dia

Que parece um Circo coberto por uma lona que esconde a vida

E assim ela vai levando a vida como se fosse uma artista

Equilibrando com a corda no pescoço o laço do cavalo do picadeiro

E assim a vida leva o Bêbado e a Equilibrista no açoite da vida

Revelando o que existe por aí pelas ruas da caminhada de alguns

Que tiveram esse destino, nada afável e nem socorrido

Mas que vivem na mesma se equlibrando na embriaguez da bebida

A tolerância da vida...

Maysa Barbedo
Enviado por Maysa Barbedo em 24/09/2006
Reeditado em 30/09/2006
Código do texto: T247786
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