SOB AS CINZAS

...e seguro entre minhas mãos

O grito

Resposta ofertada em torrentes

De cálidos beijos

As minhas mãos não se arredam

E se aquecem

Impedem a morte

O primeiro suspiro

Bafeja o cristal onde uma face vejo

E revejo

Aproximo-me assim grave e leve

Pois são incontáveis os pontos

Que formam a intimidade da noite

Quando te abraço e afago

E liberto a consciência

E para aquele ponto de luz me locomovo

E fecho os mesmos lábios

Murmurando águas de sossego

E de vozes unidas

Brasas sob as cinzas

Emudecidas