POSSIBILIDADES
POSSIBILIDADES
Quero dedicar esse poema àquelas
Almas que habitam este Recanto e vivem
Sobre a linha do horizonte das sua existências.
Sabendo das viagens do ver...
Agora nunca vou saber se eu já existi assim,
Tal qual existo hoje,
Até penso que não...
Mas, então, como não morrer
Se me apago na passagem,
E fui o que fui,
Para ninguém colher?
Tento entender,
Mas, não consigo ver como é morrer:
Simplesmente desaparecer toda a consciência?
Se fosse assim,
Eu não saberia da morte,
Nem do que vem de onde não sei
E conta-me das coisas que me levam
Além da fronteira de mim...
Na verdade, eu sou o que colho agora:
Um dia me surpreenderei colhendo-me a mim,
Mas, sem saber que sou eu que fui assim,
Continuarei pensando o que será de mim
Quando eu me apagar...