ESCRITO COM TINTA VINHO
Tendo alma complementando tudo,
Por tão belo corpo
Troquei meu mundo
E quase todo eu, aqui, morto.
Não se viu, antes, semelhante olhar
Nem aquele sorriso frouxo – gargalhar,
Tampouco mãos tão belas
Amparando uvas a sangrar.
Valsei qualquer som
De tons vermelhos ou amarelados.
Se qualquer líquido parecia bom,
Vinho mais que isso: era sagrado.
Descubro que foi real
Sem senso ou descontentamentos,
Mais que previsível: normal...
Reticências em meu testamento.