Motejos
Ao pintar a grandeza
Manchei a beleza
Que constata em sua face
Desdenhei, seus poemas de amor
Troquei por dor a pureza intensa
Imitei na sutileza da falsidade
Aquele amor real
Fora do normal caminhei
E não cheguei a lugar algum
Arrebatou a nostalgia
Daquela alma que gemia
Enquanto furacões destruia as nossas ilusões
Escrevendo diante de portas abertas
Fechei -me, ostracismo irreal
Onde me encontro no vazio
De nossos prantos
Restam palavras soltas
Que não encaixam, não se assimilam
Escarnece todos os motejos
Que proferi contra a ti
Não enxergando a mim mesmo