roceira madrugada
era doce madrugada
estava de frente para o horizonte
cintilava a via-lactéa
o vento trazia o cheiro do mato
existia apenas o momento
o horizonte, o céu e o mato.
coisa de caipira, gente miuda
esquecer que o mundo é vasto
esquecer dos males que assolam o mundo
o mundo que assola os males...
era doce madrugada...
tudo dorme, emudece
o mudo silencio dos sonhos
gente miúda é que desfruta
o horizonte, caipira, caiporas.
inveja desses infames!
aurora... apagam as luzes
o horizonte encobre o sol
degusto poeira insensata.