suavemente assim

lentamente

como a luz da lua

entrando pelo quarto adentro

os raios do sol

nas frestas da janela

acendendo as cortinas

como passa o tempo

como o vento se inclina

pelo vão da porta

o sangue quente

escorrendo da veia

quando a faca corta

o gato quieto

espreitando a presa

a aranha paciente

arquitetando a teia

as sombras que dançam

na luz da vela acesa

como cai a noite

como nasce o dia

como vem a canção

como vem a poesia

suavemente assim

eu te penetro

tantas e tantas vezes

o quanto ou mais

do que querias

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 01/09/2010
Reeditado em 01/09/2010
Código do texto: T2471866