MATE-ME

Mate-me,

mate-me em cada leitura

Mate-me, impiedosamente

Mate-me

até não restar mais nada de mim,

até deixarem órfãos

estes versos todos que escrevo

Mate-me, pois,

para que renasçam meus poemas, sempre

morrer se faz preciso

Marcelo Roque
Enviado por Marcelo Roque em 31/08/2010
Reeditado em 23/08/2011
Código do texto: T2471024