AS SOGRAS

Falando do falar falante

Dos apelos galantes

Para faíscas e meros fascinantes

Aquilo que se escreve, não se escolhe,

Parecidas que são como as sogras...

Pode ter mais temperamentais,

Afoitas, tímidas ou governantes,

Megeras, indóceis e sentimentais,

Práticas, desligadas ou elegantes,

Fado que se passa adiante

Jeitos, textos e dissonantes,

Alguns elogiam, outros viram a cara,

Linhas, pontos e métricas,

Críticas como homônimos de sogras...

Nem tudo pode ser perfeito

Algumas te xingam veemente

Depois te carregam no peito

Coisa do tempo vivente

Paradoxos ao longo da história

Ortodoxos com a poeira do tempo

Feixes de sílabas como cordames

Bendita seja vasta poesia

Tirem as intrigas das costas das sogras...

Alguém escolhe o seu nome

Outro decide se te contrata

Outro expede sua demissão

De certeza só se tem a morte

Parábolas criaram mitos

Rupestres foram a prima escrita

Orais contaram histórias

Aflitos de gozos & frêmitos

Mestrados para serem sogras...

Enquanto falam, peço um jazz,

Se brigam, mando um blues

Na paz, então toco um rock,

Para os indiferentes, tanto faz,

O bom senso não é uma quimera

Tratativas para as belas letras

Seja qual for a escola assumida

A Poesia é preciosa Ilha

Velas içadas para a Ilha das Sogras...

Todos os dias, alguma coisa boa para ver, ouvir e escrever!

Peixão89

PS1.: A minha sogra é uma pessoa incrível, que muito respeito e amo de coração...

PS2.: Baseado no texto “Abaixo a DITADURA POÉTICA” da Vanderli Medeiros.

Peixão
Enviado por Peixão em 23/09/2006
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