DESEJO PROIBIDO

Desejo proibido

Na sala, um quadro pintado com teu corpo

Na jaula, um homem quase morto

Jaz nos meus sentidos este desejo

Livre, conto ao vento os meus segredos

Imaculada a imagem desta mulher santa

Vertigem, viagem, lindamente insana

Sopé da montanha trago em mim

Na soleira da porta vejo um Serafim

Será o fim?

Quero o Sim?

O não, o hoje, este instante

O medo, o beijo mais delirante

Querer é meu propósito

Num ambiente tão inóspito

Vejo somente o meu olhar

Uma pequenina para acalentar

Isto!

Sossega!

Respira!

Entrega!

Falavas mesmo de proibição?

O que é pecado no reino desta imensidão, que deseja desejar?

Interrogação com vontade de gritar!

31/08/2010

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 31/08/2010
Reeditado em 31/08/2010
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