DESEJO PROIBIDO
Desejo proibido
Na sala, um quadro pintado com teu corpo
Na jaula, um homem quase morto
Jaz nos meus sentidos este desejo
Livre, conto ao vento os meus segredos
Imaculada a imagem desta mulher santa
Vertigem, viagem, lindamente insana
Sopé da montanha trago em mim
Na soleira da porta vejo um Serafim
Será o fim?
Quero o Sim?
O não, o hoje, este instante
O medo, o beijo mais delirante
Querer é meu propósito
Num ambiente tão inóspito
Vejo somente o meu olhar
Uma pequenina para acalentar
Isto!
Sossega!
Respira!
Entrega!
Falavas mesmo de proibição?
O que é pecado no reino desta imensidão, que deseja desejar?
Interrogação com vontade de gritar!
31/08/2010