POEMA INOCENTE

Sai meu bem de baixo

Seu pai vem no trem

Se me pega assim

Me dará paternidade deste neném...

Guarde a boneca

Me pega dengosa

Me atire no mato

Me abra os braços

Vem me sentir, gostosa.

Me guarde no leito

Me aperte com jeito

Com jeito mansinho

Assim desse jeito

É que se faz carinho...

Acenda a luz é teu véu

Tire dos olhos o alho

Do coração o fel

Não ligue pro guarda

Mande prá casa do chapéu...

É! o tempo passou

O amor esfriou

A brisa esticou

E a grana encurtou...

A meninada cresceu

Seu velho enfureceu

Mas quem pode assumir

Brincadeira de criança?

Que o tempo escondeu.

BARUC
Enviado por BARUC em 31/08/2010
Código do texto: T2469644
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