DE TUDO UM POUCO

A natureza despede-se

Em tantos augúrios e desmandos do homem

Por tanta dor gerada no ventre da Terra

A natureza perde-se

Parece inconstante, solitária

Quando na sua angústia, dilacerada, rebela-se

A mulher viu um gato

Atropelado na estrada

Para muitos, mais um bolo de pêlos

Mas, para aquela, o seu amado se foi

Tudo se confunde neste momento

Primores deste diluído estado

Naturalmente, estou em tudo

Já não me sinto a máscara ou estrume

Sou adubo que na terra se reúne

Pernoitam as estrelas, para a natureza descansar

Dorme o meu AMOR nos braços do luar

Só encontro a rima no final da história

Porque a natureza espera, e eu, vivo de memória

Júlia Rocha

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 30/08/2010
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