A KABALÁ DO MEU DESTINO
Eu não sei para que vim a este mundo,
não entendo o que me exige o destino
faço por onde ser coerente e profundo,
tem alguém que oriente este peregrino?
Sei que ainda não alcancei o mar,
vejo tudo tão embaçado, sem forma,
a luz que vejo, do oturo lado a brilhar,
não obedece, para mim, a mesma norma.
Muitas vezes acho que sou mero figurante,
que ando pela vasta praça
debaixo de um sol fustigante
e sinto que tudo não tem lá muita graça.
Por outro lado algo vem e me anima,
sem me dizer nenhuma promessa,
sem me dar esperança, sem clima,
passa por mim meio que de pressa.
Mas não tenho na vida outra ecolha,
senão elevar meus olhos fitos no firmamento,
sentir o azul da manhã antes que se recolha
e firmar positivo cada pensamento.
Se resolve, eu não sei dizer, a solução,
mas sei que a anos estou vivo
vou passando toda uma geração
vou assumindo o meu castigo.
Mas as fragrâncias e o vinho
torna a vida mais receptiva,
na kabala do meu caminho
e a alma animal mais alternativa.
Não sei se sou mediano ou bondade,
sei que eu quero ver a luz
sei que fujo da crueldade
rezo por um caminho claro que me conduz.
(YEHORAM)