Porque Te Amo
Anseio-te desde sempre
No extremo da minha insanidade
No limiar da minha maior loucura
Que talvez seja amar-te
Estar em teus sorrisos
Adivinhando e antecipando
O desejo da tua boca
Surgir na imagem que se projeta
Do mais profundo dos teus olhos
Silenciosa como a palavra não dita
Que borbulha na voz da inquietude
Quando o corpo sabe-se em êxtase
E pintar-me em todos os tons
Que te seduzem, além do que sentes
Oferecer-te as minhas mãos às tuas
Apenas para que o tato me segrede
As intenções que não me revelaste
Ser tua no caminhar da eternidade
E esperar-te sempre a cada instante
Na mansuetude dos meus dias
No princípio e até no fim do mundo
© Fernanda Guimarães