“À ETERNIDADE”
Dou-lhe um cheiro no cangote,
Peço-lhe não me boicote
E também não faça birra!
Menina cheirando a mirra
É o olor da minha sorte,
Que o azar se capote
E sai da minha trilha.
Eu ando até uma milha
Não me importo com a lida
E a finta que cobra a vida,
Pois, valerá ter vivido
E ao seu lado sentido...
Da sua boca bebido
A excelente bebida,
Provado a boa comida
Que o amor me oferta!
Apaixonadamente pela seta
Atirada pelo Cupido
O meu coração atingido
Para o seu se entregue
E que você se encarregue
De aconchegar-me em seu peito.
Na largura do nosso leito
Sinceramente espero
Que eternamente possa Eros
Partilhar de nossa alegria
Sendo a nossa companhia,
Do nosso amor o sustento
E que Éolo mande o vento,
Para nós, da felicidade
E que a eternidade
Seja nosso aposento!