Não chora...
Quando eu fechar os olhos
As paisagens ainda estarão lá fora
Quando eu for dormir para sempre
Não levarei nenhum sonho embora
Quando eu calar as minhas palavras
Elas haverão de falar mais que agora
Quando findar essa pretensa poesia
No fim do duro poema derradeiro
A poesia renascerá no raiar do dia
Com as palavras do poema primeiro

Não chora...
Na história a falta de eternidade
Na poesia que um dia hei de calar
Fecha os olhos para a efemeridade
O tempo por mim nunca vai parar
Não chora nem a maior verdade
Das coisas que tem que continuar
Quando finda até a eternidade
Não chora quando a hora do adeus chegar
Adeus! Calo a poesia e fecho os olhos agora
Adeus! Não chora, que eu preciso acabar...

(Poesia On Line, em 29/08/2010)
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 29/08/2010
Reeditado em 04/08/2021
Código do texto: T2466890
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.