Ipê
Quatro vezes ao ano observo
As flores amarelas do Ipê.
Solene,solitário,esbelto e casto.
Ao lado da ribeira,ali se vê.
O verde do verão nas vestes.
E no outono,a derramar folhas
pelo chão.
E sem mercê fica nu no descampado.
Quando o inverno tramando a solidão.
Desfolha os ramos.
Entristecendo tudo.
Mas, no seu âmago em silencio.
guarda um sonho.
E na primavera,ao retornar viçoso.
Novamente
Adorna-se de flores,
e de encanto.
Brasilia, 02.09.2001