Vosso Rei, Vosso Traidor
Mercenários em nossas guerras
Fingindo serem soldados da terra,
Homens do próprio rei que, com ouro,
Os comprou, como mulas em mercados.
Começa a guerra, entram os protagonistas
Defensores do lar que tanto amam.
Finda a guerra, saem os antagonistas
Vilões cruéis que as terras querem tomar.
Como saber se é digno o rei da vitória?
Quem lutou foram os peões,
Mercenários, sem vida e sem alma.
Ao final, expulsos foram os comprados,
Com nada mais do que ouro na mão.
Ouro que os soldados dignos,
Batalharam para da terra arrancar.
Quem são os mercenários que cá vieram?
Porque tomam conta de nossos campos?
Porque lutam conosco, meu rei?
Não os tema, meu pajem.
Nenhum mal, a vós, lhe farão.
Nenhum mal, a este país, trarão.
Mas que destino cruel, nova guerra ele trouxe.
Olha, lá nos campos de batalha inimigos,
Os mesmo homens que aqui lutaram,
Que esta pátria defenderam.
Traição, meu rei?
Mentiste, tua palavra não cumpriste.
Mal a nossas terras, eles trouxeram.
Mal a nosso povo, fizeram.
Nesta noite de luto,
A cabeça do rei cairá
Pelas promessas não cumpridas.
Pelos traidores que ele criou.
Que venha um rei que, mercenários,
Não comprará com o ouro
Que os bons soldados
Da terra, tirarão.