Ramo de botões de Rosas

Enviaste-me, um ramo de botões de rosas,

Brancas, vermelhas e amarelas,

Eram tão perfumantes e viçosas,

Traziam o perfume do teu corpo, envolto nelas.

O teu sorriso cheio de frescura,

Teu gesto, na alma das frases que lhes colocas-te,

Aceitei-as, com desvelada ternura,

Coloquei-as numa jarra, que um dia me ofereceste.

Lembras-te!.. a jarra de cristal,

Os botões de rosas brilhavam, como as luzes de Março,

Espelhando-se nos reflectores, das águas de Abril,

Abrindo suas pétalas, nos afagos de Maio, em meu regaço.

Mais tarde, caía pétala a pétala,

Ressequida, em cima da renda que bordei,

Com o orvalho, do meu olhar, que embala,

A saudade de ti, e os sonhos, que para ti sonhei.

Vivem agora, no ventre das minhas madrugadas,

Com nossas boas recordações, junto ao rosto de meu olhar,

Em frente, à Estrela Alva, na manhã dos meus dias,

Elevando aos Céus, pétalas de rosas, para te abraçar,

No Altar, da Esperança Infinita.

Pois tua vida na Terra, foi tão restrita.