Avalanche

Aconchegado aos lençóis de minha cama,

Ouço o sibilar forte dos ventos

Anunciando o mau-estar frenético do tempo

E a espessa chuva que a natureza derrama.

Os açoites que tilintam em minha janela

Trazem o arremedo do frio cortante que flutua

E enchem de arrepios meu corpo na noite nua

Em que os sonhos desfilam na aquática passarela.

Os rios murmuram afoitos provocando enchentes,

Os mares balouçam suas ondas no coração das gentes

E o pânico traz terror, angústia e medo...

Raios e trovões inundam a madrugada escura,

Na atmosfera as estrelas ressabiadas se depuram

Expondo no vendaval caricaturas dos meus segredos!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 28/08/2010
Código do texto: T2464740
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