QUE SACO DE METALINGUAGEM
Que tédio! Sussurra o vento aos meus ouvidos que embala meu espírito palavras e sensações inquietas que já não consigo traduzir.
Silencio... Não consigo ficar em...
Meus pensamentos fervilham algo que o instante ocultou, ou que o oficio arrebatou.
Dizer o nada sem rima, o funesto lampejo de uma frustração poética. O que terá ocorrido com a métrica?
Sonetos, sonatas, sonhando versos que as palavras em greve gravam esse pensamento insano, essa cruel monotonia.
Falsa embriaguez e brisa e beijos, insensato maltrato o gato que perambula a noite, nem isso sumiço, hiato, miado.
Esse silêncio estridente estarreceu, necedade prolixa estendeu!
Perdoam-me era só a lua o luar que inspirou algo que a caneta não escreve!
L.R