Neblina
Na neblina da vida
Eu me perdi
Minhas trêmulas mãos não conseguem mais criar
Versos que outrora eu te escrevia
Hoje até os maus escritos rascunhos
Fogem da minha maldita memória
Sem vida, sem criação apenas a observo
Observar-me com olhar de pena.
Silencio-me no meu sofrimento
Apenas tento forçar um leve sorriso
Para assim não deixar transparecer
O tênue limite entre a simpatia da tua realidade
E a minha maldita loucura.
Na neblina da vida te conheci
E por ti eu escrevi
Uma vida de romances, contos
Prosas e versos
Que hoje foram destruídos
Pela poesia urbana do doce
E amargo limite do tempo.