Neblina

Na neblina da vida

Eu me perdi

Minhas trêmulas mãos não conseguem mais criar

Versos que outrora eu te escrevia

Hoje até os maus escritos rascunhos

Fogem da minha maldita memória

Sem vida, sem criação apenas a observo

Observar-me com olhar de pena.

Silencio-me no meu sofrimento

Apenas tento forçar um leve sorriso

Para assim não deixar transparecer

O tênue limite entre a simpatia da tua realidade

E a minha maldita loucura.

Na neblina da vida te conheci

E por ti eu escrevi

Uma vida de romances, contos

Prosas e versos

Que hoje foram destruídos

Pela poesia urbana do doce

E amargo limite do tempo.

EDU
Enviado por EDU em 28/08/2010
Código do texto: T2464313