A minha voz pode não alcançar teus ouvidos
Mas o meu poema beija os teus olhos
Em versos que se contorcem a sinfonia da paixão
Cantam alegremente os tons mesmo pela imprecisão
Dos sentimentos e sentidos que as palavras agora não sabem
traduzir ou trazer a tona a exatidão
              
Há um eco em todos os poemas que lhe faço
Desde o primeiro inscrito ha tempos, no sabor do pecado
até mesmo naquele que em lágrimas me desfaço
na emoção que não era desperdiçada
que não obedece ao poeta e se faz de outra forma declarada
que de suspiros tantos faz-se enluarada
              
Os teus olhos não me alcançam
Mas a minha poesia se faz presente
Em seu coração, que bate ligeiramente
alastrando-se pelo corpo e pela alma esse querer latente
E por não ser poeta tampouco poetisa teimo em ousar
e versejo o que o amor me faz sonhar
Pode ser loucura minha, essa paixão arredia
Mas saiba meu amado, é do viver os meus melhores dias
               
 E nessa minha escrita que não é feita de tinta
e sim cravejada de tantas flores e aromas quanto cabem em mim
Canto-te as carícias explícitas de um amor que não tem fim
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 28/08/2010
Código do texto: T2463831
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