As Promessas que Não Posso Manter
Então eu penso...
Eu deixo todos os balanços tomarem conta
Da minha cabeça, que gira tanto, que nem sei...
Toda a força, toda a graça, toda vontade
Se mostra forte, graciosa, voluntariosa
Todos os avisos me alertam...
Que a vontade pode tomar conta
Da minha cabeça, que gira tanto
Mas a volição pode tirar tudo de volta
De mim, que balanço tanto, que nem sei...
Toda a pele se adianta...
Arrepio, da banda tocar contra a nota
O tom quem dá é a vontade de cantar
Toda dança, todos cantarolam tanto
Que o balanço me deixa zonzo, que nem sei...
As promessas que não posso manter...
Eu as vejo nos olhos da bailarina
Expectativa, audição tão tensa, tão vibrante
Tanto que baila, balança, beberica, bem sei...
Que equilibro, tão bêbado, tão beira, tão bar
Funâmbulo que não quer parar...
Pelo bar do equilíbrio, tão oscilante
Entre as mesas, o ouvido percorre o corpo
Da bailarina tão graciosa, tão voluntariosa
Charme, força, graça, vontade de... nem sei
O que se vai, o que me tonteia...
É o bailado ou é a bebida
Do mel dos olhos, do caldo-fel do balcão
Do suor do palco, do... nem sei
O que balança, o que gira, o que cria
Tanto toma...
Mas também pode dar
De comer, de beber, de aquecer
O mel, o vinho, o fogo
Outro! É o parceiro da mente
Que cria, pode ser...
Que acorde em meio à melodia
Fogosa doçura, que tonteia
Todo o fel do vinho se esvai
Então eu vejo...
Baila...