ENTRE SILÊNCIOS
No fardo que se espalha à campina
Carmesins se opalam na relva
Vagas nos sons da noite
Para a passagem de um elemento pela Lua
Vórtice no vento solar
Reticências olvidam os sensores da vida
Noutra cena a city espera a tarde
Parcas nuvens encobrem o cinza
Sem a presença do Sol
Locações para uma audição sonora
Martelam no fundo do ouvido
Tragicômica sinfonia dodecafônica
Há muito passaram os tubarões voadores
Debruçado na janela pelo tempo
Vem um texto que ilumina a manhã
Outro dispara o coração nos traumas urbanos
Cantigas para maturar os anseios
A doce Rosa em sedas descansa
Vermelho para novas aves de pedra
Enquanto o metropolitano carrega o dia
O grafite engrossa o plástico
Enquanto uma torneira pinga sem controle.
Peixão89