ENTRE SILÊNCIOS

No fardo que se espalha à campina

Carmesins se opalam na relva

Vagas nos sons da noite

Para a passagem de um elemento pela Lua

Vórtice no vento solar

Reticências olvidam os sensores da vida

Noutra cena a city espera a tarde

Parcas nuvens encobrem o cinza

Sem a presença do Sol

Locações para uma audição sonora

Martelam no fundo do ouvido

Tragicômica sinfonia dodecafônica

Há muito passaram os tubarões voadores

Debruçado na janela pelo tempo

Vem um texto que ilumina a manhã

Outro dispara o coração nos traumas urbanos

Cantigas para maturar os anseios

A doce Rosa em sedas descansa

Vermelho para novas aves de pedra

Enquanto o metropolitano carrega o dia

O grafite engrossa o plástico

Enquanto uma torneira pinga sem controle.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 22/09/2006
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