Viagem


Abri os olhos e me vi vivo!

Dei o primeiro passo
E o último... sabe Deus...

Soltei a porteira
Só para ouvir seu bater ecoar no campo
Como num adeus gritado ao vento.

Sem olhar para trás, sem culpa
Fui lançando-me adiante, sempre em frente
Permitindo cair  toda bagagem antiga
Que nada me valia
Nem para o frio, nem para boas lembranças.

Errante, eu e só.
Pés pós pés, sem marcar ponto
Voltar está fora de cogitação!
O dia, apenas o dia é que basta
Sem pressa de chegar
Aliás, chegar é o que menos desejo!




 
Flávio Omena
Enviado por Flávio Omena em 27/08/2010
Reeditado em 15/06/2014
Código do texto: T2462178
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