Espelho d’água
(Em seus olhos)
Quando... Eu me for...
Certamente alguém dirá
Ainda era cedo,
E o que resta?
Ao meio dia...
Porque, sempre será
Jovem demais para partir.
Quando chegar a hora
Anunciado em alto-falantes,
Outra realidade mostrará.
Não há mais festa
Só um triste refluir
À beira da plataforma
Voando... Sem dor...
Vozes do silêncio
Que grita,
E não deixa além do limite
Nenhuma gota rolar
Cobre o azul, de enfeite sem cor,
Impede o espelho
A luz em seus olhos
Vermelhos
Que se reflita.
Das marcas,
O que ficou?
Esconde... Onde...
Sinais de verdade
Sem vida jovial
Que das margens se afasta.
Pára de seguir seus movimentos enojantes,
Responde... Onde...
Repete e se agita,
Gaiatos errantes,
Márcio Oliveira
03/04/07