Espelho d’água

(Em seus olhos)

Quando... Eu me for...

Certamente alguém dirá

Ainda era cedo,

E o que resta?

Ao meio dia...

Porque, sempre será

Jovem demais para partir.

Quando chegar a hora

Anunciado em alto-falantes,

Outra realidade mostrará.

Não há mais festa

Só um triste refluir

À beira da plataforma

Voando... Sem dor...

Vozes do silêncio

Que grita,

E não deixa além do limite

Nenhuma gota rolar

Cobre o azul, de enfeite sem cor,

Impede o espelho

A luz em seus olhos

Vermelhos

Que se reflita.

Das marcas,

O que ficou?

Esconde... Onde...

Sinais de verdade

Sem vida jovial

Que das margens se afasta.

Pára de seguir seus movimentos enojantes,

Responde... Onde...

Repete e se agita,

Gaiatos errantes,

Márcio Oliveira

03/04/07

MÁRCIO DE OLIVEIRA
Enviado por MÁRCIO DE OLIVEIRA em 26/08/2010
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