O Cavaleiro da Triste Figura.

Sou senhor destas terras, um fidalgo

De justas, a cavalo vou errante,

Armadura luzindo fulgurante

E o alazão Rocinante que cavalgo.

A Cruzada se perde, pois divago,

Um cavaleiro segue sempre avante;

Dois moinhos bufando flamejantes

São dragões neste sonho torto e vago.

Dulcinéia suspeita da tormenta

Este mal que alucina toda Mancha

Invadindo o profundo sofrimento

Deste corpo ferido que descansa

E acorda na tortura do lamento

Sem dragão, alazão ou Sancho Pança.