Por um fio.

Quem me dera, eu tivesse a palavra

essa palavra que a gente nunca acha

na hora mais certa!

Se eu a tivesse eu meus lábios

Eu querereia que ela não pertencesse

somente aos sábios!

E a diria, sem constrangimento,

A palavra que cessa toda lágrima

Que é cheia de harmonia.

Mas qual o quê! Ela não vem.

E sempre tem um vazio,

Um silêncio, em acabar tardio.

Fica-se por dizer a palavra

Que ilude meu racíocinio

Essa mesma palavra faz-me poeta

E que fico ora em seu domínio.

Ela vem a garganta,

e fica sempre por um fio!

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 26/08/2010
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