Andando em circulos...
Ando em círculos
Como um io-io
Vou e volto
Sem sair
Do mesmo lugar
Sem metas
Sem retas
Sem setas
A me guiar
Sem portas
Para abrir
Sem vontade
De prosseguir
Aprisionado
Em meu cativeiro
Sou prisioneiro
De mim mesmo
Meu corpo
Minha limitação
Ou então
Meu corpo
Minha libertação
Não se pode aprisionar
O pensamento
Nem a imaginação
Num “plim” estou na Lua
Em um outro em Marte estou
Sou o que pensar ser
No instante que pensar
Sem nem ao menos
Sair do lugar
Sou a pedra
No sapato
Do gigante
O cisco sou
No olho do atirador
Sou a fome
Que não morre
Para quem
Vive com fome
Sou a sede
De saber
Quero sempre
Aprender
Sou amor
Que é sempre novo
Em cada novo dia
Como o sol
Que nasce
Todo dia
E trás um dia novo
Todo dia ao nascer
ABittar
poetadosgrilos