Estrada

Minha tarde ensolarada

Tornozelos feridos, ocultos em meus olhos úmidos...

esse jeito Lispector, que é brando

Se torna dominante.

Em um pensamento, esse sol traz a verdade, traz o espelho, o mergulho profundo...

E eu não vou admitir o que sinto.

Não sigo o estilo, sou um estilo.

Depois de marés insanas

Tudo se cicatriza um dia,

O dia incide

Na tranqüilidade de nunca mais guerriar

Eles não sabem o que é isso.

Se a paz derrota interiores abstratos

Se a paz nunca silencia a teimosia...

Se a paz nunca moralizou

O seu lado mais hipócrita

Depois, tudo é rotina

E a poeira se assenta

Na face risonha,

Que de barro, é feita!

Clarice, que clareia a vida... vou banhar-me de ausência, vou sumir por enquanto, silenciar,

fugir para meu mundo, me encontrar para assim poder chegar.

Estou sempre viajando, estou sempre de volta... no mesmo instante em que me confunde querendo ir

Até a visão desconhecida.

Preciso ir......

Apenas ir.......

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Cintia Gus
Enviado por Cintia Gus em 21/09/2006
Código do texto: T246004