A TERRA QUE DEVORA

Não me chames pelo nome,

o qual eu não escolhi!

Quem não me chama de Yoram

pode me chamar de Habibi,

não me chames pelo nome

que eu não elegi!

Por que não posso escolher

como devo ser tratado?

Porque irei morrer

e a terra não sabe meu nome

sabe somente me devorar.

No céu o meu nome é Yoram

ou pode também ser Baruch,

só não será o nome profano,

o nome que não conheci.

Lá em cima sabem o meu nome,

aqui embaixo não o sabem.

Trate-me como quer meu coração,

pois não seria educado

que tu não me estendas a mão,

sendo que, enlutado,

levarei o teu caixão

até aquela terra que não sabe,

que não conhece os nomes.

E se por acaso eu partir

antes que partas tu

eu irei saber por qual nome

o teu coração me chamava.

Chama-me de Yoram, não de profano,

chama-me de Habibi, não de pagão,

Mohamed eu ainda ufano,

qual nome está em teu coração?

Mas, meu nome é Yoram,

não aquele pelo qual me insultas!

Pelos dois lados de minhas raizes,

Avraham ou Ibrahim,

que honrarei os meus antepassados,

e vou lutar por isso até o fim

e serei chamado pelo nome deles.

Lembra que a terra não sabe,

ela apenas devora os anônimos,

os pseudônimos e os homônimos.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 25/08/2010
Reeditado em 26/08/2010
Código do texto: T2459433
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