Teu olhar
No brilho vago do céu
Há mistérios insondáveis
Nos teus olhos... um escarcéu
De coisas bem agradáveis
São alegrias brilhando
Em luzes difusas... estranhas
São ressonâncias contando
As ilusões que apanhas
Quando neles vejo um pingo
Sinto-me desnorteado
Não sei como é que distingo
Teu pranto, de um mar revoltado
Teus olhos de um brilho incomum
Acusam-me de ser pagão
Não pude encontrar mais nenhum
Que causasse-me tanta emoção
Há um rompante de ansiedade
No coração deste humilde admirador
Roubas-me, no entanto, a pouca felicidade
Em cada teu olhar de desamor...