Tulipas


Tulipas... uma imensidão
Adornam os jardins de Amsterdã.
Aos milhares, belíssimas floriram
Rosáceas, fúcsias, avermelhadas,
Amarelas, brancas, alaranjadas,
Em mil nuances, matizadas,
Esparramam-se na paisagem.

Acetinadas cobrem todo chão
Salpicadas de orvalho da manhã,
Expelem pólens, sensíveis toques,
Bailam ao ventos acariciantes
Ventanias, às vezes, as fustigam,
Mas, a tela do grande gênio
Não as desfaz.

A cada primavera, em Holambra
Também aqui em nossos jardins,
Tulipas vão colorindo o passeio,
Adornando espelhos d’água,
Lilazes, rubras, violáceas,
Emanam seus eflúvios em
Doces e invisíveis espirais.

Transeuntes sorriem, encantam-se
Apreciando o policromado parque
Focando as flores escarlate
Com sua magnífica exuberância.
As joaninhas, aos milhares, em si,
Encerram apaziguados quereres
Buscando seus néctares sagrados.

A cada primavera...
Novas pétalas aveludadas,
Ao sol, tessituras delicadas
Reluzem viçosas soberanas.
Provendo a atmosfera, encanto
Nas manhãs de primavera.
Tulipas... vida e preciosidade!



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                                                                     Foto:  Alves D.