Plenitude

Preciso abrir as janelas da alma

deixar o vento adentrar

em meu tempo completo, incessante,

respirar flutuando o céu liquefeito

com as luzes de um ocaso

que chega sem avisar

Guiar-me pelas estrelas

soltando as amarras

em busca do mar da tranqüilidade,

levando comigo apenas

bagagens da vida, lembranças sem idade

e o amor à beira do tempo

em grades de brisa

Canto agora em silêncio,

as retinas se calam

e o tempo com seus ponteiros

e pêndulos tortos,

anunciam a tua companhia ausente

no pensamento que me fala.

Conceição Bentes

24/08/10

Conceição Bentes
Enviado por Conceição Bentes em 24/08/2010
Código do texto: T2457237
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