Todo dia um dia
Da incerteza, de que se vai chover ou fazer sol
de que se vai tropeçar e encontrar uma nota de dez
de abrir um sorriso e dizer “que sorte a minha!”
Olha é ela! “Bom dia senhorita!, como é bom ve-la outra vez”
De ver os olhos a seguirem, como uma flecha na mira
E reclamar da sorte, “que coisa boba e os dez?!”, é “vero” nunca estamos felizes
De abaixar a cabeça, e imagi-la em um motel barato,
pois os dez so deu pra um café
saiu correndo e esqueceu o açucar, o onibus passou
teve que fazer o caminho em duas horas e a pé
“Que azar! , que merda de vida!” – só podemos reclamar
E só nos resta orar, rezar seja o que for; pedir mais fé
“Mais uma vez atrasado!, não irei tolerar mais!”
Todo suado tem que ouvir e não falar nada
Um sapo, dois sapos, três sapos já esta até montando um brejo
O telefone não para, carregou umas caixas do arquivo, Ah! que palhaçada!
De terno e gravata, não tolera! Grita chinga! E mais uma vez reclama da sorte
Sabe queria ser jogador de bola, ou cantor de música, gente que não estuda
Dois mais dois são quatro isso que era vida,
Agora vem esta professora feia, falar de de equações e teorias
Coisas que nunca irei usar, a não ser para mostrar que sou inteligente
A coxinha do intervalo estava fria, ah não reclamei! Falei assim: “estas porcarias!”
O bom é que pude ir embora, mais uma caminhada, o metrô lotado, que cheiro era
Aquele?!]
Maria com uma camiseta do timão, só reclama, João trouxe as fraudas?!
Ah vida!! Dura!! Cade a minha sorte?! Só queria dormir...
Trim!!! trim!!!, que porcaria estou atrasado de novo!!
Parece que nem dormi. É começa mais um dia...