Pre/tensão

Café com pão

Manteiga não

Café com pão

Café com pão

E nesta pretensão cismei em escrever

Tanger em versos a oportunidade perdida

Meu pensamento adverso arremeter

Oh quimera de vida

Inesperadamente fui tolhida

Pelas regras impostas nas certezas

Pela métrica não aprendida

Pelo ritmo perdido em incertezas

Mudo agora meu perfil

Não sou poetisa amadora

Sou apenas nascida no Brasil

Teimosa, obstinada e sonhadora

E faço minha vida de incertezas

Descer ao léu em suaves correntezas

Absurdas, suaves e turbulentas

Sem métricas

Sem ritmos

Às vezes sem rumo

Escrevo mal, eu assumo!

Embevecida ante os nomes consagrados

Assim eu sigo nesse vício literário

Meus sonhos não são guardados

São expostos nesse novo itinerário.

E o gosto de ver meus versos

Crescendo, alcançando os corações

É tal qual mãe com filhos diversos

Ao vê-los viver sem limitações

Paraplégicos

Tetraplégicos

Epiléticos

E emudeço

Sem discriminações

Prossigo com embriões

Estudando, pesquisando

Aqui ninguém me tolhe

E cresce minha prole!

INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 24/08/2010
Reeditado em 24/08/2010
Código do texto: T2455805
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