VAZIO DOS VERSOS

Minha cabeça anda vazia,

vazia de rimas, de versos,

de temas e homilia,

os tempos conversos,

com quem contendia

o taciturno coração

pondera e avalia

qual a situação.

Sobre o que compor,

fica a desejar

falo tanto de amor

falo de amar.

Contudo não há nada

nada para se escrever

alma abandonada...

abandono das verves

nada paira na mente

nada fazendo sentido

vejo, mormente,

um ponto emitido

a partir da emoção

prático e contido

nesta folha sensação.

Não tem preço

poder jogar com as idéias

na caça concreta

de um lado, o avesso,

firme na meta.

Dizem que amar é morrer

mas eu só vejo vida

delicia e grande prazer

o prazer da querida,

do brilho da lua

da alma comedida

um beijo em plena rua

te deixa constrangida

ainda mais se estás nua!

Nua dos versos controversos

que eu escrevo de dia

para serem lidos a noite

mesmo com a mente vazia

daquela sonoite

nas pálpebras o sono

pesado me seguro

me torno o dono

da luz e do escuro

que me açoita em minha cama

para qual eu vou me entregar

e me recebe ou me ama

e sempre vai estar lá.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 23/08/2010
Reeditado em 26/08/2010
Código do texto: T2455676
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